É possível que você já tenha visto os principais monumentos da cidade com iluminação rosa durante o mês de outubro. É quando acontece o Outubro Rosa, campanha criada para conscientizar as pessoas a respeito do câncer de mama. O objetivo é chamar a atenção para umas das doenças que mais mata mulheres no Brasil.
O movimento teve início em 1990, após a Fundação Susan G. Komen For The Cure distribuir laços cor de rosa aos participantes da primeira Corrida Pela Cura, que aconteceu em Nova York. Entretanto, somente em 1997 começaram efetivamente a fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama. Tido como uma data importante até os dias de hoje, a campanha traz à tona a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
No Brasil, as ações começaram a serem desenvolvidas a partir de 2002. Prédios públicos, monumentos, pontes, teatros, entre outros lugares importantes das cidades, são iluminados com a cor rosa. Corridas, eventos e ações sociais também são constantemente desenvolvidas durante o mês de conscientização.
Muito comum em mulheres entre 40 e 69 anos, o câncer de mama é responsável pela maioria das mortes em mulheres, depois do câncer de pele. Isso ocorre devido à exposição ao hormônio estrógeno, que está em seu auge com a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, o risco aumenta ainda mais.
A menstruação precoce é outro fator que pode influenciar o diagnóstico, pois é no início desse período que o corpo feminino passa a produzir quantidades maiores do hormônio estrógeno. Quando a primeira menstruação ocorre antes dos 11 anos de idade, significa que os ovários intensificaram sua produção do estrogênio e, com isso, o organismo ficará exposto ao hormônio por mais tempo no decorrer da vida.
Outros fatores são o colesterol alto e o excesso de peso, principalmente após a menopausa; isso porque, a partir dessa idade, o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios.
Já os sintomas do câncer de mama podem variar de acordo com o tamanho e estágio do tumor. Nem sempre os tumores, quando iniciais, apresentam sintomas. Caso seja perceptível durante o toque, é sinal de que o tumor possa ter cerca de 1 cm, o que já o classifica como uma lesão muito grande.
Nódulos nas axilas, alteração no formato das mamas e dos mamilos, vermelhidão na pele, inchaço ou calor e pele enrugada são exemplos de sintomas; em estágios mais avançados, podem aparecer feridas na mama.
O diagnóstico pode ser feito através da mamografia, ressonância magnética, ecografia, entre outros exames de imagem. O médico irá analisar os receptores hormonais para saber sua classificação histológica. Caso confirmado o tumor maligno, o melhor tratamento será determinado.
O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer. Os mais indicados são a quimioterapia, a radioterapia, a hormonoterapia e a cirurgia para remoção parcial ou total da mama. O médico pode incluir a combinação de alguns recursos terapêuticos em alguns casos.